quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O Gato Preto

Gatos pretos e as superstições de Halloween

Durante a Idade Média acreditava-se que os gatos eram acompanhantes de bruxas e demônios - Flickr/ CC – ralph and jennyEntenda como surgiu o mito de que os bichanos são criaturas que atraem mau agouro durante o Dia das Bruxas - 



Durante a Idade Média acreditava-se que os gatos eram acompanhantes de bruxas e demônios
Donos de olhos brilhantes durante a noite, pelo eriçado e presas afiadas, muitos gatos domésticos acabaram levando a fama de serem criaturas malígnas. É provavel que o mito tenha se fortalecido ao longo dos séculos, por conta dos seus antepassados, na Idade Média. Os exemplares de pelagem preta sofriam ainda mais preconceito e eram culpados por todas as tragédias imagináveis, desde pestes a períodos de fome.
Vistos antigamente como acompanhantes das bruxas e demônios, os gatos pretos despertavam temor nas pessoas, que não suportavam nem cruzar o seu caminho. A facilidade com que os animais se moviam na escuridão e seu miado assustador também contribuíram para o mito se fortalecer ao longo dos anos.
Acredita-se que os marinheiros foram os que mais ajudaram a promover a ideia de que os felinos tinham poderes sobrenaturais. Eles acreditavam que os gatos podiam prever tempestades e até situações desfavoráveis para a navegação. Caso o animal desse um miado muito alto, por exemplo, a tripulação compreendia que a viagem seria muito difícil, enquanto se ele espirrasse, haveria chuvas em breve.
Os olhos brilhantes dos gatos pretos e a facilidade com que se moviam na escuridão assustavam os povos antigos - Flickr/ CC – pedrosimoes7Os olhos brilhantes dos gatos pretos e a facilidade com que se moviam na escuridão assustavam os povos antigos
Crédito: Flickr/ CC – pedrosimoes7
Os gatos pretos na Idade Média eram tão temidos que ninguém se atrevia a maltratá-los, com medo das consequências vindas do além. Dentro do navio, por exemplo, caso um marinheiro jogasse um bichano no mar, era sinal garantido de que uma tempestade muito forte afundaria o barco.
Em terra firme o temor pelos bichanos também permanecia. Reza a lenda que eles auxiliavam as bruxas em suas poções e matá-los era garantia de muitos anos de azar. Aliás, os que tinham seu caminho cruzado por um gato preto e nada lhes acontecesse, certamente, indicava que o indivíduo era protegido por forças ocultas.
Curiosamente, as tais bruxas da Idade Média eram, na verdade, viúvas, que adotavam os gatinhos para lhes fazerem companhia. Mas com as fofocas que ocorriam nos pequenos vilarejos, sobretudo no Leste Europeu, muitas superstições ganharam força. O povo começou a divulgar que as bruxas, inclusive, podiam se transformar em gatos para fugir de perseguições e que contavam com a ajuda do demônio para realizarem a magia.
Mas nem só de má reputação viveram os gatos pretos antigos. Em alguns países acreditava-se que os bichanos também poderiam trazer sorte. Na França, corria a lenda de que caso a pessoa sonhasse com um gato de pelagem “casco de tartaruga” ela em breve encontraria um novo amor. Acreditava-se ainda que felinos pretos tinham o faro aguçado, sendo ideais para identificarem tesouros escondidos.petmag.com.br

La Llorona (A Chorona)


 

Trata-se da lenda urbana mais famosa no México. Ela seria o espectro de uma mulher vestida de branco, e de longos cabelos pretos. Diz-se que quando era viva, foi abandonada pelo seu marido, e para vingança, matou seus dois filhos estrangulados, e saiu de casa desesperada. Sentindo-se arrependida ao anoitecer, foi para as margens de um rio, e chorou, até que a meia noite se aproximava, ela se afogou.


 

No Chile ela é sempre vista sempre que alguém morre, alem de ter algumas mudanças na historia, como por exemplo, dizem que seus filhos não foram mortos por ela, e sim por outras pessoas, com isto, ela também cometia o suicídio em um rio.

 

 

Quando o espectro da Chorona aparece, indica a morte próxima, e ela é vista principalmente por pessoas doentes e moribundas (podemos associá-la agora com a Banshee, veja a postagem clicando aqui).

 

 

Há pessoas que afirmam que a Chorona possui um lado sombrio, pois seria capaz de roubar os filhos de outras pessoas, para diminuir sua culpa, e tentar trazer as suas crianças de volta, para isso, ela possui poderes sobrenaturais de hipnotismo, fazendo com que os pais tenham relações sexuais com elas, em troca de seus filhos, (o encanto acabaria na manhã seguinte).

 

 

 Em Grimm, ela é um fantasma que sequestra três crianças na noite de Halloween, e as afoga esperando ter suas crianças de volta. Ela também possui poderes sobrenaturais como se teleportar, e hipnotizar as crianças, fazendo com que pensem que ela seja um Anjo.misteriosfantasticos.com

Dia das Bruxas





Comemorar o Halloween não era um hábito brasileiro até pouco tempo atrás. Contudo, nos últimos 20 anos, principalmente, virou febre. Nos cursos de idiomas, especialmente os de língua inglesa, já é um evento praticamente obrigatório. Em escolas mais abertas a culturas estrangeiras, pelo menos na aula de inglês as crianças e adolescentes costumam realizar atividades cujo tema é o Dia das Bruxas.

Mas como tudo isso começou? Por que temos um dia no ano para celebrar e até mesmo nos vestirmos como figuras fantasmagóricas? Confira a seguir essas e outras questões sobre o Halloween.

Como e onde surgiu?

Pode parecer estranho, mas o Halloween teria surgido para espantar fantasmas. É que no século 5 a.C., os povos celtas acreditavam que o espírito das pessoas que haviam morrido durante o ano voltavam na noite de 31 de outubro, que marcava a passagem para o Ano-Novo, a fim de "possuir" os vivos e ficar pela Terra durante o ano que se iniciava.

Para escapar da maldição, nessa noite, que também celebrava o festival de Samhaim (para agradecer as boas colheitas), os celtas apagavam o fogo em suas casas com o objetivo de deixá-las frias e indesejáveis. Não bastasse o clima hostil, ainda se vestiam com roupas esfarrapadas e desfilavam pelas ruas escuras dos vilarejos, fazendo um barulho infernal. Assim, eles acreditavam que assustariam os espíritos e garantiriam mais um ano como donos do próprio corpo.

Os romanos chegaram a adotar as práticas, mas abandonaram já no século 1 d.C..
Foto: Getty Images

As bruxas

Na noite em que se temiam os mortos, foram as bruxas que fizeram a fama. Pelo menos no Brasil, o Halloween se popularizou como o dia delas. É que no dia 31 de outubro, assim como no 30 de abril, elas costumavam se reunir para uma festa comandada por ninguém menos do que o Diabo.

Reza a lenda que as bruxas chegavam voando em suas vassouras e disparavam feitiços contra quem quer que fosse, causando muita confusão. Quando começou a colonização nos Estados Unidos, a crença foi difundida por lá, misturando-se com o passar do tempo às histórias de feitiçaria contadas por índios e africanos.

Aliás, dizem que se você quiser encontrar uma bruxa, basta vestir roupas viradas do avesso e andar de costas na noite de Halloween. À meia-noite você verá uma. É o que dizem, é o que dizem...
Foto: Getty Images

Como foi para os EUA?

Quando os irlandeses começaram a imigrar para os Estados Unidos, no século 19, levaram também alguns costumes. Entre eles, a tradição do Halloween que, com o passar do tempo, tornou-se uma grande festa infantil.

Hoje, o Dia das Bruxas é feriado nos EUA, e o comércio costuma registrar um enorme volume de vendas, principalmente de guloseimas, fantasias e acessórios.
Foto: Getty Images

Gostosuras ou travessuras?

A principal brincadeira do Dia das Bruxas é, depois de devidamente fantasiado, passar de casa em casa batendo nas portas e gritando: "doces ou travessuras?". Se a pessoa que atender der gostosuras, se livra de ter que pagar uma prenda.

A brincadeira, chamada "souling" (que vem da palavra “soul”, alma em inglês), começou na Europa no século 9. No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas para os cristãos, o fiéis iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha. Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador para que a alma dessa pessoa não ficasse no limbo e fosse logo para o céu.
Foto: Getty Images


Jack da Lanterna

A tradicional abóbora com uma vela dentro tem origem no folclore da Irlanda. Contam que Jack, um alcoólatra incorrigível, recebeu certa noite a visita do Diabo, que anunciou ter ido buscar sua alma, mas aceita lhe conceder um pedido final. Jack pede um último trago, mas, já sem dinheiro, consegue convencer o Diabo a usar seus poderes para se transformar em uma moeda para pagar a bebida.

Assim que vê a moeda, Jack a coloca na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Preso, o Diabo implora para sair e Jack impõe uma condição: quer continuar vivo por mais um ano. O acordo é fechado e, um ano depois, quando o Diabo reaparece, Jack já tem um novo golpe. Ele convida o algoz a comer uma maçã antes de partirem e, quando o Diabo sobe em uma macieira, Jack desenha uma cruz no tronco da árvore e só borra o desenho quando o demônio aceita não procurá-lo mais.

Mas a sorte se vira contra o irlandês e ele morre naturalmente apenas um ano depois. Por suas maldades em vida, não o deixam entrar no céu. Por seus truques, o Diabo o barra na porta do inferno, mas se compadece da alma perdida e lhe entrega uma brasa para iluminar o caminho. Jack a coloca dentro de um nabo, para que queime por mais tempo, e começa a vagar pelo mundo sem destino. Quando os imigrantes irlandeses chegaram aos Estados Unidos, onde as abóboras são mais comuns que os nabos, a alma penada de Jack passou a vagar com a abóbora, buscando abrigo na noite de Halloween.
Foto: Getty Images




A festa pelo mundo

Na Irlanda, onde o Halloween teve origem, os moradores seguem as tradições dos tempos dos Celtas e acendem fogueiras em áreas rurais, enquanto as crianças se fantasiam e batem de porta em porta aos pedidos de “doces ou travessuras”, um jogo disseminado também nos Estados Unidos.

No Brasil, a festa começou a se popularizar recentemente. A porta de entrada no País foram as escolas de idiomas, que importaram as lendas, as brincadeiras e as fantasias. A festa foi bem aceita e já é fácil encontrar roupas e decoração típicas para o mês de outubro.

A proximidade com o início de novembro, quando diversos países homenageiam os mortos, faz com que em muitos lugares o Halloween se misture a outras tradições. Na Espanha e em muitos países latinos, o Dia de Todos os Santos é celebrado no dia 1º de novembro e o Dia de Finados no dia seguinte. Em países como México e Peru, a data é festiva e celebrada com trajes e rituais locais.
Foto: Getty Images
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Lendas urbanas comuns nos Estados Unidos

Lendas urbanas comuns nos Estados Unidos
Estamos na semana do Halloween, festa típica da cultura norte-americana. Por isso, achamos que falar de “urban legends” (lendas urbanas em inglês) combina bem com esta semana. Já falamos de lendas e do folclore tradicional dos EUA. Essas lendas urbanas são uma variação moderna: são lendas contemporâneas, histórias sobrenaturais ou sensacionalistas que são amplamente divulgadas não apenas de forma oral, como também, hoje, pela internet.
Bloody Mary
A Bloody Mary é uma lenda urbana similar à Loira do Banheiro aqui no Brasil em vários aspectos: ela é muito contada em escolas, assusta as crianças e envolve uma moça morta aparecendo após ser chamada. A diferença é que Bloody Mary é chamada à luz de velas no espelho do banheiro. De acordo com a lenda, chamando treze vezes, Mary aparece. “Bloody” quer dizer “ensanguentada” e, também, “sanguinária”. Na maior parte das variações da lenda, Mary aparece para se vingar. Porém, há quem diga que ela é boazinha e só quer conversar, prever seu futuro. Quer arriscar?
The Killer in the Backseat
Imagine a cena: você está voltando para casa tarde da noite numa estrada deserta. De repente, pelo “rear-view mirror” (retrovisor), você nota que um carro atrás começa a dar farol alto e a seguir você em altíssima velocidade. Desesperador? A personagem principal desta lenda urbana também achou – tanto que correu para casa. Ao chegar lá, seu perseguidor grita para que ela se tranque e chame a polícia. Esta é uma lenda urbana apavorante, mas de final feliz: o sujeito do outro carro viu que havia um “killer” (assassino) com uma “butcher knife” (faca de açougueiro, cutelo) no “backseat” (banco de trás) dela e, por isso, começou a chamar sua atenção. E foi sua intervenção que salvou a vida da moça.
Carmen Winstead
Em tempos de internet, a gente achou que valia citar uma “urban legend” surgida numa “chain letter”“chain e-mail” ou “round-robin e-mail”, ou seja, uma corrente de e-mails. Segundo a corrente, Carmen Winstead era uma menina de 17 anos que sofria bullying e foi empurrada em um “sewer drain” (dreno de esgoto) por um grupo de meninas. Elas alegaram que ela caiu e, pelo que se conta, a polícia acreditou. Carmen voltou e matou as meninas. E as correntes insistem que você, claro, repasse o e-mail, com a mensagem: “She was pushed” (Ela foi empurrada). Caso contrário, Carmen “will come after you” (virá atrás de você).
Sewer Gators
Os “sewer gators” ou “sewer alligators” (aligátors do esgoto – em tempo, aligátors são primos de jacarés e crocodilos) são uma lenda urbana de quase 100 anos. Dizem que vários desses bichinhos gigantes moram nos esgotos de Nova York e são capazes de engolir equipes inteiras que descem ali para trabalhar. Eles teriam ido parar ali depois que várias famílias foram à Flórida passar as férias, trouxeram filhotinhos de aligátors de volta e, quando começaram a crescer, os pais “flushed them” (jogaram na privada e deram descarga). A prefeitura de NY nega que isso seja verdade, porém, esta lenda surgiu de um fato relatado no NY Times nos anos 30, quando corpos desses animais foram encontrados no rio do Bronx.
The Vanishing Hitchhiker
Um “hitchhiker” é alguém que pede carona. Nessa história, trata-se de uma menina que pede carona para as pessoas e, logo em seguida, “vanishes” (desaparece). A forma de desaparecer varia: pode ser no meio da viagem de dentro do carro em movimento, ou no dia seguinte, quando a pessoa que deu carona vai procurá-la na casa dela e descobre que a menina morreu há anos. O dia da carona seria a data de aniversário da morte da menina. Por se tratar de um fantasma, a história também é conhecida como “ghostly hitchhiker” (caronista fantasmagórica).
The Kidney Heist
Cinema e internet ajudaram a imortalizar a lenda do “kidney heist” (roubo do rim). De acordo com a lenda, alguém sai para se divertir, aceita uma bebida de um estranho e apaga – acorda só no dia seguinte, imerso numa “bathtub full of ice” (banheira cheia de gelo) com um telefone na mão para chamar a emergência. Logo, a vítima descobre que teve seu “kidney” extraído para ser vendido no “black market” (mercado negro).
The Clown Statue
Eu nunca tive medo de palhaço. Foi uma surpresa crescer e descobrir que muita gente tem esse medo – mesmo adultos (aliás, essa semana, a gente falou de medos em inglês). Essa história pode ter colaborado para isso: uma “babysitter” estava cuidando das crianças enquanto os pais estavam fora jantando. Ao ver uma “disturbing clown statue” (estátua de palhaço perturbadora) no canto da sala, a babá liga para os pais das crianças e pergunta se pode cobri-la. O pai a orienta a sair da casa naquele instante e chamar a polícia. Ela obedece e, depois, descobre que o pai fez isso porque eles nunca tiveram uma estátua de palhaço. Era um anão vestido de palhaço que estava escondido na casa para pegar as crianças.englishtown.com.br

A Origem do Halloween


Contrariamente a alguma opinião popular, a origem do Halloween pouco tem a ver com os Estados Unidos.
Foi há cerca de uns 2000 anos atrás que o povo celta de França e das Ilhas Britânicas começou com a tradição do Halloween.
Para esses povos o último dia de Outubro era comemorado como o feriado de Samhain, pois era considerado como o último dia de Verão e o início do Ano Novo Céltico.
Essa comemoração celebrava também outros aspectos da sociedade de então, tais como o final da última colheita do ano, o início do armazenamento de alimentos para o inverno, o retorno dos rebanhos dos pastos e o período de renovação das suas leis. Esse feriado era também conhecido como La Samon e como Festa do Sol.
Curiosamente o nome que perdurou até hoje foi o nome usado pelos escoceses, ou seja, Hallowe’en.
A principal lenda celta ligada a esta festividade, relatava que naquele dia todos os espíritos das pessoas que haviam morrido durante esse ano, voltariam em busca de corpos vivos para os possuírem e assim viverem no ano seguinte.
Esta crença tinha por base o facto do povo celta acreditar em todas as leis de espaço e tempo, pelo que achavam que era permitido que os mundos dos vivos e dos mortos se misturassem um com o outro, até porque, para eles, era considerada como a única forma de existência de vida após a morte.
Mas, como é natural, os vivos não queriam ser possuídos pelos espíritos dos mortos e assim, quando chegava a noite do dia 31 de Outubro, apagavam as tochas e as fogueiras das suas casa para que elas se tornassem frias e desconfortáveis e vestiam fantasias para de seguida desfilarem de forma ruidosa pelas ruas, sendo tão destrutivos quanto possível, com o único intuito de assustarem os espíritos que buscavam corpos para possuir.
O povo romano chegou a adoptar esta prática celta, mas cerca de um século depois de Cristo acabaram por a abandonar.
A designação de “Dia das Bruxas” nasceu nos Estados Unidos, quando em 1840 os costumes do Halloween foram para lá levados pelos emigrantes irlandeses.
A engraçada brincadeira de “doces ou travessuras” foi adaptada de um costume europeu do século IX, chamado de “souling” (almejar).
Os cristãos tinham o hábito de, no feriado religioso de 2 de novembro, conhecido como o Dia de Todos os Santos ou Dia das Almas, andarem de terra em terra a pedir “soul cakes”, (bolos de alma), que nada mais eram que pequenos quadrados de pão com groselha. E para cada bolo de alma oferecido, a pessoa que o recebia rezava uma oração por um familiar morto do doador. E porque se fazia isto? Porque se acreditava que com esta prática as almas que ainda permaneciam no limbo eram ajudadas a ir para o céu.
Um dos outros hábitos do Halloween e provavelmente o seu maior símbolo actual, é a abóbora com uma vela acesa no seu interior. Acredita-se que esta imagem teve origem no folclore irlandês e na história de Jack-O’-Lantern, embora na história original se usem nabos e não abóboras.
Também não há Halloween sem referência às bruxas. A sua relação com ele é fortíssima. Reza a lenda que as bruxas tinham duas reuniões festivas anuais: a primeira no dia 30 de Abril e a segunda no dia 31 de Outubro.
Chegavam ao local da festa em vassouras voadoras, transformavam-se em outros seres e atiravam feitiços e maldições às pessoas. Tudo isto causava um alvoroço enorme.
Imagem típica de uma bruxa na sua vassoura e com o seu gato preto
Era comum acreditar que quem quisesse ter contacto com uma bruxa deveria vestir a roupa do avesso e caminhar de costas durante a noite de Halloween. Se cumprisse com isso, quando chegasse a meia-noite apareceria uma bruxa.
Hoje em dia são as crianças e adolescentes quem mais usufrui do Halloween. Com a ajuda dos pais e amigos, vestem fantasias mais ou menos assustadoras e andam de porta em porta na vizinhança a exclamar a célebre frase “doçura ou travessura”. E lá terminam a noite de 31 de Outubro com sacos e cestas recheadas de chocolates, rebuçados e outras guloseimas.origemdascoisas.com

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Contos de Halloween





Jack-O-Lantern - Parte 1




Era uma vez um homem que trocava uma imperial sacada pela Rita por uma caneca de Sagres. Esse homem chamava-se Jack e vivia num sítio bonito que há pouco tempo mudou de nome, mas que na altura se chamava Casal Ventoso. Umas lendas dizem que esse gajo viveu na Irlanda, mas não passam de histórias estúpidas e sem sentido, tal como o boato do Cavalo (ou Égua, whatever) de Tróia não ser português… Qualquer dia dizem que não somos o país menos desenvolvido da União Europeia. Era só o que faltava! Bem, como sabem eu não estou aqui para enganar ninguém e muito menos para contar histórias néscias, portanto cá vai a versão verídica do Jack-O-Lantern: Estava o Jack na tasca do Zé não tão Mau quanto isso tomando uma cerveja, quando entra o Diabo e senta-se mesmo ao seu lado. Nessa mesma tasca estava um padre de nome LaVey. Ele, ao ver Satã, aproximou-se com a Bíblia na mão e disse em voz alta: - Sai daqui, Demônio! - E porque havia eu de sair daqui? - disse Satã, sem sequer olhar para ele. - Porque Deus assim o quer! - Ah, sim? E como sabes isso? - Porque… Porque ele disse-me! - Cala-te, pá! Tu está bêbado, tal como todos os idiotas o estavam quando escreveram esse livro estúpido. - afirmou o Diabo apontando para a Bíblia, continuando a não olhar para o sacerdote. - Como ousas falar assim da palavra sagrada do Senhor?! Tomara tu teres uma Bíblia! Nesse momento, o chifrudo olha diretamente para o padre. A escuridão que invadia os seus olhos fez LaVey tremer de medo. - Boa ideia, padre! Toma lá uns trocos e vai escrever uma Bíblia para mim. Inventa o que quiseres, desde que enalteças o meu nome… - ordenou, enquanto que atirava umas moedas de ouro para o chão. E este, tal como o Demônio previra, não se fez de rogado. Apanhou-as apressadamente, enquanto que afirmava: - Sim, mestre. A sua bondade é infinita! E lá sumiu, indo com certeza escrever a tal Bíblia que Satanás pedira. Jack, ao assistir àquilo, virou-se para o Diabo e disse-lhe: - Hei, chefe, reparei que tem dinheiro a dar com um pau. - Sim e depois? - Podia-me pagar uma bejeca. - É claro que não! - Oh, vá lá! - E o que me dás em troca? A alma? - Não, mas posso pedir à tarântula da minha filha para lhe fazer um broche. - Nah! A última vez que fiz sexo com um animal foi com a gorila da Missy Elliot e foi por estar podre de bêbado. Nunca mais faço uma coisa daquelas! Nem que seja pecado! - A Missy Elliot tem uma gorila? - Eu não disse isso… Então, vendes me a alma, ou não? - Sim, claro. À falta de melhor… - Ah óptimo! Hmmm… Porra! Dei todo o meu dinheiro àquele idiota! - concluiu Satã, mexendo nos bolsos das suas calças. - E agora? Posso te pagar depois? - Não! Mas sempre te podias transformar em moeda para me pagares a cervejola. - opinou Jack, tendo uma ideia. Depois do chifrudo se ter convertido numa moeda, Jack agarra-a e mete-a no bolso, dizendo: - Ahah! Apanhei-te! Agora vais morrer de sofrimento ao pé de um crucifixo! - Que crucifixo? - pergunta o Diabo, dentro do bolso - Aqui só estão umas migalhas de pão. - Merda! Esqueci-me do crucifixo em casa! - Bahaha! Querias me enganar, hein? Vais pagar caro seu… Hmm? Que sombra é aquela?... Jasus! Uma aranha! - A tarântula da minha filha deve ter entrado no meu bolso. - Chiça! Como ela é grande! Tira-me daqui! Tira-me daqui! - Só se não apareceres para me pedir a alma durante dez anos. - Ok, ok! Pode ser, mas agora tira-me daqui! Jack tirou então o Demônio de dentro do seu bolso posando-o no chão. Ele rapidamente voltou à sua forma física normal. Virou costas e foi-se embora, dizendo: - Daqui a dez anos voltamos a falar...
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Jack-O-Lantern - Parte 2




Uma década depois, Satanás regressou à terra para pagar o dinheiro que devia ao Piro vendedor da coca e encontrou Jack encostado a uma macieira falando com outro bêbado. - Pois é, Newton, a vida é assim, pá! - Mas, tu não entendes… A força que obrigou esta maçã a cair é a mesma que faz com que a Lua gire em volta da Terra. - Claro que entendo! Quando a Inácia me deixou eu também passei a não dizer coisa com coisa. Mas não te preocupes. Estou aqui para te ajudar, amigão. - Oh, vai te coser! - disse o tal de Newton, abandonando aquele local. O Diabo foi então ter com Jack, que tinha ficado sozinho a beber Whisky de uma pequena garrafa. - Olha, olha. Como o Mundo é pequeno. - disse Satã, com ânsias de se vingar. - Arghh! Tu… Sai daqui, já! - exclamou Jack, levantando-se - Bah, não me metes medo, mortal! - Sai daqui… antes que eu… - Antes que tu o quê, hein?! - Bleeerghhh!! - foi o som emitido pelo nosso herói ao vomitar para cima do Demônio - … Antes que eu vomite para cima de ti… - Uh! Que nojo! Tu vais pagá-las caras! - Eh pá, desculpa, foi da bebida. Eu ainda te avisei para saíres daqui… - Vou te despedaçar! Ainda por cima estragaste-me o meu smoking novo! - Eh pá, agora, depois de vomitar, começo a sentir fome. Podias-me ir buscar ali uma maçã? - Tu vai sofr… Uma maçã? Ok, é para já. - disse o Demônio, trepando a árvore. Jack, inteligentemente, desenhou uma cruz no chão de modo a o Demônio não descer da árvore. - O que estás a fazer, desgraçado? - perguntou Satã, apercebendo-se. - Acabei de desenhar uma cruz. Agora quero ver como vais sair daí. - Tss! És um idiota, pá! Isso do meu ângulo é uma cruz invertida. E o Diabo já teria descido para desancar no nosso herói, não fosse um braço castanho-escuro e peludo como o de um homem o ter puxado para trás. - Argh! O que é isto?... Não! Larga-me! Deixa-me em paz, Missy Elliot! Depois da famosa cantora o ter violado, este desceu da árvore. Cá em baixo olhou para a copa da macieira e ameaçou, agitando a mão cerrada: - Hás de mas pagar, sua regressão de australopiteco! - Uh, uh-ah! - foi a resposta pronta da Missy Elliot. - Meu deus! Que horror! - Oh, não exageres, não há de ter sido assim tão mau… - Só dizes isso porque nunca a viste nua!… Enfim… Jack, bebes alguma coisa comigo? Pago eu. - Só se eu nunca chegar a ir para o Inferno. - Ok, como queiras. Não entrarás no Inferno depois de morreres. E lá foram os dois emborcar umas quantas para esquecer os problemas da vida. No caso de Satã, a violação; no caso de Jack, o facto de a sua garrafa de Whisky ter chegado ao fim.
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Jack-O-Lantern - Parte 3




Depois de Jack ter morrido de cirrose foi para o Purgatório. Lá falou com São Pedro. - Deixe cá ver o que você andou a fazer enquanto vivo. – disse o Justiceiro, tirando um livro de uma estante gigante. - Hmm, problemas de alcoolismo, violência doméstica, roubo, agressão… Meu amigo, você jamais entrará no Paraíso. - Err… Não me diga uma coisa dessas. - Ah, pois! Não andasse… - disse São Pedro, sendo interrompido por umas senhoras em trajes menores que entraram subitamente no Purgatório. - Meninas, esperem aí pela vossa vez ou então entrem já para o Inferno e poupem me trabalho, pois aposto que sei para onde vão devido à forma como estão vestidas. - Ohhh… Não nos mande para o Inferno! Nós já cá viemos fazer uns serviços a Jeovah bastantes vezes. - Ah, sim? Nesse caso podem passar. - afirmou, abaixando-se ligeiramente para ver as nádegas das moças, assobiando em seguida. - Ah, o Senhor escolhe-as a dedo… - Hei! Ainda ‘tou aqui! – exclamou Jack. - Ah, sim desculpe. Bem, tal como ‘tava a dizer, não andasse a pecar a torto e a direito. Se tivesse juízo nada disto aconteceria! Agora só lhe resta uma solução: o Inferno. E lá foi o nosso herói caminhando para o elevador que conduzia ao Inferno. Lá encontrou o Diabo que estava jogando às damas online contra o Papa. Depois de uma jogada excelente de sua Santidade, o jogo acaba com a sua vitória, aparecendo a mensagem no ecrã do monitor de Satã: “Eheh! O bem vence sempre!” - Cabrão do velho! - suspirou Satanás. Depois de se virar, apercebeu-se que Jack estava à espera de ser atendido. Após uma longa conversa, o Diabo recordou ao nosso herói o que lhe tinha prometido naquela noite ao pé da macieira. Jack iria, portanto, ter de vaguear na Terra por toda a eternidade. - Pelo menos podias me arranjar um disfarce, para não ter de pagar aos gajos a quem devo, se me encontrar na rua com eles? - pediu ele ao Diabo. - Ah, com certeza. Deixa só procurar no meu sótão uma fantasia fixe para ti. Depois de um bocado, Satanás trouxe uma máscara em formato de abóbora que brilhava por dentro como se tivesse uma lanterna e uma capa preta. - Pronto aqui está. Fica bem e emborca umas por mim! E assim se formou a lenda do Halloween. É óbvio que o Jack, como não era aceite em nenhum emprego por estar morto, tinha de pedir comida de porta em porta, dando assim origem àquela treta do “dossura ou travessura”.
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Especial Halloween

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Samhain_"Halloween"

Celtas inventaram o Halloween para celebrar os espíritos de seus mortos




A festa nasceu pagã, mas foi alterada pela Igreja Católica.
Aspectos ‘assustadores’ da comemoração foram uma contribuição cristã.





Quando os celtas inventaram o Halloween, a tradição não mandava comer guloseimas nem se fantasiar de bruxa. O objetivo era celebrar o começo do inverno e homenagear os espíritos dos mortos. Foto: Arte/G1

O Halloween nasceu entre os celtas, que, em 31 de outubro, véspera de seu ano novo, faziam uma grande fogueira em homenagem aos mortos (Foto: Arte/G1)


Na região da atual Irlanda, há aproximadamente 2 mil anos (data estimada pelos historiadores), os celtas comemoravam seu ano novo em 1º de novembro, data que também marcava o fim das estações quentes do ano. Eles acreditavam que, na véspera, chamada de “Samhain”, o mundo dos vivos e dos mortos se mesclava. A festa do “Samhain” incluía o sacrifício de animais e uma grande fogueira em homenagem aos mortos. 
O cristianismo é que teria injetado o ar “diabólico” ao Halloween, já que associava espíritos e fantasmas ao paganismo e ao mal. Mas a festa originalmente não tinha a intenção de ser assustadora, e sim uma celebração, segundo explicou ao G1 por telefone Jack Santino, professor de Cultura Popular dos EUA e autor do livro “Halloween and other festivals of life and death” (Halloween e outros festivais de vida ou morte). 


“O Halloween como o conhecemos hoje vem da época em que os missionários cristãos tentaram mudar as práticas religiosas dos celtas”, analisa Santino. Para substituir a festa pagã do “Samhain” por uma comemoração cristã, a Igreja Católica determinou que o 1º de novembro seria o Dia de Todos os Santos (All Saint’s Day), também chamado de All-hallows. A véspera, portanto, era chamada de All-Hallows Eve, que depois virou Halloween. 
Gostosuras ou travessuras
A festa se popularizou nos EUA com a chegada de um grande número de imigrantes irlandeses, no século XIX, e a ela foram agregadas diversas novidades.

Uma delas é o uso de fantasias. Já que os celtas acreditavam que, na noite de 31 de outubro, os espíritos dos mortos vagavam junto a fadas, bruxas e demônios, estes acabaram sendo os temas mais comuns dos disfarces de Halloween.

A tradição de “gostosuras ou travessuras” também pode ser creditada aos celtas, que costumavam oferecer comida aos espíritos do Halloween para aplacá-los e para indicar-lhes o caminho das casas de suas famílias.

Mas essa não é a única explicação. “Também acredita-se que a idéia de fazer com que as crianças pedissem doces de porta em porta nasceu nos EUA, nos anos 1930. O objetivo era dar às crianças uma participação no Halloween mas evitar que elas ficassem nas ruas fazendo bagunça”, comenta Santino.

As abóboras ocas e recortadas, outro ícone do Halloween, são tipicamente norte-americanas. “Uma lenda celta dizia que um espírito que não conseguia ir nem ao céu nem ao inferno usou uma lanterna para guiar-se. Os irlandeses, ao imigrar aos Estados Unidos, conheceram as abóboras e perceberam que, ocas, elas também funcionavam bem como lanternas e continuaram assim a tradição”,g1.globo.com